Em pleno dia de namorados, não podia vir em melhor altura a reflexão de hoje. Depois da tempestade incial, da revolta e da destabilização interior que sempre sucede uma relação falhada, eis que tudo começa a voltar ao normal. Aliás, tudo começa a ficar melhor. Quando percebemos que nada falha por culpa de uma só pessoa (e eu tenho consciência disso) e, se na prática o resultado é o mesmo (relação terminada), na teoria há muitas formas de fazer a coisa...na altura e depois...
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Agora o que eu não percebo, mas não percebo mesmo é que a outra parte (que na prática fez tudo, desde trair a terminar a relação, passando pelas exigências e afins), a outra parte é que está zangada, magoada, ressabiada e mais, diz que não tem nada para falar comigo. Quem percebe do assunto disse-me outro dia:
"Ana, quando estamos magoados connosco mesmos, queremos magoar os outros".
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Aquilo ficou-me na cabeça.
É que eu estou muito bem comigo mesma (e, se ele não me tivesse mandado para um sítio que cá sei e faltado ao respeito, até poderia estar muito bem com ele também). Sempre o respeitei e nunca o quis atingir porque 5 anos são sempre 5 anos e eu, ao contrário dele, não esqueço tudo o que foi feito, tudo o que construí e muito do que sou. No entanto, a minha vida está organizada, estou de consciência tranquila, e nao quero tirar nada a ninguém a não ser ter o que é meu por direito...se isso lhe mói o juízo, não posso fazer nada.
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Posso acrescentar até que estou bem mais feliz do que ele, não tenho a mínima dúvida. Mas também adianto que não é esse o meu objectivo. Eu quero ser mais feliz do que alguma vez fui: primeiro para comigo e, no futuro, para com quem possa vir a partilhar a minha vida. E é isso que me interessa, simplesmente isso.
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Quanto ao senhor em questão, só posso deduzir duas coisas: ou está magoado comigo (e adoraria saber porquê) e quer-me magoar, ou está magoado com a sua vida (que nada tem a ver comigo) e decide descarregar em mim. De qualquer das duas...sou eu o objectivo! Ora euzinha, resolvida como sou, já não estou nem magoada nem nada relativamente a ele. Não lhe desejo nem o melhor nem o pior e há muito que deixei de pensar o que quer que seja. Não há cá saudades nem mágoa. Não há cá tristezas e choraminguices. Também por isso deixei de o culpar pelo que se passou (o que não quer dizer que tolere as atitudes que tem agora). Portanto, atingi-lo não é o meu assunto na ordem do dia...
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Na prática só quero fazer a minha vida, com as minhas pessoas e as minhas coisas...sem nada ter que ver com ele. Será pedir muito????
